16/08/2011

Átimo de interlúnio


Taete, na Holanda em maio/2011

No relance de um soluço
 A menina está de   luto
Quatro letras tem seu nome
Quatro estações seu desgosto

Na estação  do alicerce
Estava um  pano puído
Desbotado pelo tempo

Seguimos pela mente aberta
 fundos rasgos na memória
neurônios envelhecidos
pendurados num  varal
ao sabor de um vento úmido
ao longe, verdade-luto
impoluto

Na estação da justiça
Ha silêncio de vencidos
Só um grito entre dois sóis

Na derradeira parada
Holanda e Terras Baixas
Pontuada de  moinhos
Canais e mares distantes

Resta ausência,
 vida curta até fugaz
Um átimo de interlúnio